COP-30, China e sustentabilidade no mercado de sucata de ferro

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COP-30, China e o futuro da sucata ferrosa no Brasil

Durante a COP-30, realizada em Belém, o mundo discute novas metas ambientais e de descarbonização.
Ao mesmo tempo, o setor do aço passa por mudanças importantes que afetam diretamente o mercado de sucata ferrosa.
De um lado, a China mantém suas importações de minério de ferro em níveis elevados.
De outro, cresce a pressão internacional para ampliar o uso de matérias-primas recicladas.
Nesse cenário, empresas como a Sulfermetal assumem um papel essencial na redução da extração de minério de ferro virgem e na promoção da economia circular.

A força da China e o impacto no preço do minério e da sucata

De acordo com a matéria “China September iron ore imports hit record high” da Reuters (link oficial), a China importou mais de 116 milhões de toneladas de minério de ferro em setembro de 2025.
O país também manteve o ritmo acima de 100 milhões de toneladas em outubro, o quinto mês consecutivo nesse patamar.
O aumento ocorreu pela recomposição de estoques e por uma leve melhora nas margens das siderúrgicas.

Quando o minério está em alta e disponível em grande quantidade, as usinas reduzem o uso de sucata de ferro como substituto direto. Por outro lado, se o preço do minério cair, a sucata ganha competitividade, principalmente, os resíduos que são mais limpos e provenientes da própria indústria.

Para quem gera sucata industrial, esse cenário muda a dinâmica da negociação.
Em períodos de estabilidade ou queda do minério, compradores passam a valorizar lotes limpos, bem separados e sem contaminação.
A qualidade e a padronização se tornam fatores decisivos para conseguir melhores preços e mais regularidade nas vendas.

COP-30: financiamento climático e economia circular

Enquanto a China mantém o ritmo da produção, a COP-30 chama a atenção do mundo para a sustentabilidade.
Segundo o Estadão, na reportagem “COP-30: Brasil negocia US$ 1,7 bilhão para garantir posse de terras a indígenas e quilombolas” (link oficial), o Brasil propôs um investimento de US$ 1,7 bilhão para garantir a posse de terras e ampliar 80 milhões de hectares de áreas protegidas até 2030.

O governo também apresentou o Tropical Forests Forever (TFFF), fundo que deve movimentar até US$ 125 bilhões para preservar florestas tropicais, com gestão inicial do Banco Mundial.
A proposta foi detalhada na reportagem “Fundo de Florestas de Lula vai decolar?” do Estadão (link oficial).

Essas iniciativas fortalecem a transição para modelos produtivos mais limpos.
A reciclagem de metais faz parte dessa estratégia porque reduz a necessidade de extrair minério e diminui as emissões industriais.
Cada tonelada de aço reciclado economiza energia e evita novos impactos ambientais.
Por isso, o aço reciclado é reconhecido como uma das soluções mais eficientes da descarbonização global.

O papel da Sulfermetal na transição sustentável

Nesse contexto, empresas como a Sulfermetal cumprem um papel fundamental. Atuamos na cadeia logística, coletando, realizando a triagem, separação e destinação de sucata ferrosa proveniente de metalúrgicas, usinagens e indústrias.
Ao transformar resíduos em insumo industrial, contribuímos diretamente para a economia circular e para as metas de emissões líquidas zero discutidas na COP-30.

Além disso, o trabalho da Sulfermetal é feito com rastreabilidade completa, incluindo nota fiscal eletrônica, MTR e conformidade ambiental, fatores que ganham cada vez mais importância em negociações com siderúrgicas e fundições que possuem metas ESG.

Reorganização da Usiminas e o cenário industrial brasileiro

Outra notícia da semana ajuda a entender o movimento global da indústria.
A reportagem “Casamento desfeito após 68 anos: por que a Nippon Steel saiu do capital da Usiminas” do Estadão (link oficial) confirmou que a Nippon Steel vendeu sua participação remanescente na Usiminas para a Ternium, por cerca de R$ 1,7 bilhão.
O negócio encerra uma das parcerias mais longas da indústria siderúrgica e fortalece o controle da Ternium sobre a produção nacional de aços planos.

Embora o efeito imediato sobre o preço da sucata seja limitado, a mudança sinaliza uma tendência de modernização.
As siderúrgicas estão buscando processos mais eficientes e alinhados à redução de emissões, o que pode, no futuro, ampliar o uso de materiais reciclados no mix produtivo.

Conclusão

A semana trouxe sinais claros de para onde o setor caminha.
A China mantém um ritmo intenso de importações de minério, o que influencia diretamente os preços e a demanda por sucata.
Ao mesmo tempo, a COP-30 reforça o compromisso mundial com o clima e coloca o reaproveitamento de materiais metálicos como uma das soluções mais concretas para reduzir emissões.

Nesse cenário, a Sulfermetal se posiciona como parceira estratégica da indústria.
A empresa transforma sucata em matéria-prima de qualidade, ajuda a reduzir a extração de minério virgem e contribui para um futuro mais sustentável.